domingo, 18 de abril de 2010

Sobrevivente (resenha)

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O autor de Clube da Luta e Cantiga de Ninar tem um estilo rápido, frenético, que leva o leitor a encarar a história em um ritmo vertiginoso. Ele geralmente usa personagens incomuns em ambientes bizarros, mas que podemos encontrar no dia-a-dia (e provavelmente encontramos, mas não notamos). Seus livros podem chocar pessoas mais sensíveis e surpreender que não está acostumado com a literatura ousada de Chuck.


Sobrevivente tem todas essas características, sendo ainda mais veloz que Cantiga de Ninar. O livro conta a história de Tender Branson, sobrevivente de um culto religioso americano que, logo no primeiro capítulo, sequestra um avião dentro do qual pretende se suicidar, esperando que os motores entrem em pane enquanto conta sua história para a caixa preta.

A história realmente prende a atenção, mas dá a sensação de não ser o melhor momento de Chuck. Ele não consegue causar tanta surpresa, nem chocar. Suas críticas, sempre presentes, nem sempre parecem ácidas o suficiente para o mundo anestesiado em que vivemos. Ainda assim, é uma leitura válida, divertida e que move o leitor a pensar sobre diversas coisas.

Chuck, o autor

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