quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mare

 .
So weak, so frail
So human in every aspect
Hands, arms, shoulders
Neck, chin, mouth
whishpers: "let me"
The night flows
The mare rides
And he is left
"alone"

terça-feira, 20 de abril de 2010

Lanark (resenha)

.
Lanark é um livro longo, complexo, mas de forma alguma cansativo. As mais de 600 páginas escorrem pelos dedos como areia, enquanto uma infinidade de imagens são conjuradas pelo autor, que não poupou referências em sua obra, que vão de Dante a Freud.


A história é dividida em quatro livros, na ordem 3,1,2 e 4, um interessante artifício do autor para prender a atenção (mas que também se revela importante para a compreensão geral a obra), que reúnem a vida do personagem principal, Lanark, que tem provavelmente muito em comum com o autor e, provavelmente, com o leitor.

O livro é uma salada de estilos que demonstra não apenas o talento do autor como, creio, serve de metáfora para os diferentes períodos e experiência da vida.

Lanark merece nota 5 e praticamente não tem pontos negativos, sendo uma leitura tanto enriquecedora quanto prazerosa.

 Alasdair Gray, o autor

domingo, 18 de abril de 2010

Sobrevivente (resenha)

 .
O autor de Clube da Luta e Cantiga de Ninar tem um estilo rápido, frenético, que leva o leitor a encarar a história em um ritmo vertiginoso. Ele geralmente usa personagens incomuns em ambientes bizarros, mas que podemos encontrar no dia-a-dia (e provavelmente encontramos, mas não notamos). Seus livros podem chocar pessoas mais sensíveis e surpreender que não está acostumado com a literatura ousada de Chuck.


Sobrevivente tem todas essas características, sendo ainda mais veloz que Cantiga de Ninar. O livro conta a história de Tender Branson, sobrevivente de um culto religioso americano que, logo no primeiro capítulo, sequestra um avião dentro do qual pretende se suicidar, esperando que os motores entrem em pane enquanto conta sua história para a caixa preta.

A história realmente prende a atenção, mas dá a sensação de não ser o melhor momento de Chuck. Ele não consegue causar tanta surpresa, nem chocar. Suas críticas, sempre presentes, nem sempre parecem ácidas o suficiente para o mundo anestesiado em que vivemos. Ainda assim, é uma leitura válida, divertida e que move o leitor a pensar sobre diversas coisas.

Chuck, o autor