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Não lhe amo mais.
És como sombra,
virtude antiga, corrompida.
Tampouco a odeio:
És para mim vazia,
és outra.
Odeio tua memória,
tua lembrança,
as noites, os dias,
a xícara de café,
os nós dos dedos,
o perfume, o bilhete.
São para mim o diabo,
o inferno, belzebu,
são para mim anátema,
que caço, do qual fujo,
que escondo, mas admiro
em noites sem sonhos.
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