Good writing may offend him by being either too spare for his purpose or too full. A woodland scene by D. H. Lawrence or a mountain valley by Ruskin gives him far more than he knows what to do with; on the other hand, he would be dissatisfied with Malory’s ‘he arrived afore a castle which was rich and fair and there was a postern opened towards the sea, and was open without any keeping, save two lions kept the entry, and the moon shone clear’. Nor would he be content with ‘I was terribly afraid’ instead of ‘My blood ran cold’. To the good reader’s imagination such statements of the bare facts are often the most evocative of all. But the moon shining clear is not enough for the unliterary. They would rather be told that the castle was ‘bathed in a flood of silver moonlight’. This is partly because their attention to the words they read is so insufficient. Everything has to be stressed, or ‘written up’, or it will barely be noticed. But still more, they want the hieroglyph—something that will release their stereotyped reactions to moonlight (moonlight, of course, as something in books, songs, and films; I believe that memories of the real world are very feebly operative while they read). Their way of reading is thus doubly and paradoxically defective. They lack the attentive and obedient imagination which would enable them to make use of any full and precise description of a scene or an emotion. On the other hand, they lack the fertile imagination which can build (in a moment) on the bare facts. What they therefore demand is a decent pretence of description and analysis, not to be read with care but sufficient to give them the feeling that the action is not going on in a vacuum—a few vague references to trees, shade and grass for a wood, or some allusion to popping corks and ‘groaning tales’ for a banquet. For this purpose, the more clichés the better. Such passages are to them what the backcloth is to most theatregoers. No one is going to pay any real attention to it, but everyone would notice its absence if it weren’t there. Thus good writing, in one way or the other, nearly always offends the unliterary reader. When a good writer leads you into a garden he either gives you a precise impression of that particular garden at that particular moment—it need not be long, selection is what counts—or simply says ‘It was in the garden, early’. The unliterary are pleased with neither. They call the first ‘padding’ and wish the author would ‘cut the cackle and get to the horses’. The second they abhor as a vacuum; their imaginations cannot breathe in it.
domingo, 23 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Hispanidade e Bioy Casares
Don Quixote, de Gustave Doré: Livro de Cervantes é o maior representante da
Literatura de Língua Espanhola de todos os tempos
Hispanidade, segundo a Wikipedia, “é a comunidade dada forma por todos os povos e as nações que compartilham da língua e da cultura espanholas”; a data de comemoração da Hispanidade é dia 12 (ou seja, hoje). Nós, falantes da Língua Portuguesa, temos que dar o braço a torcer para aqueles que dizem que a Literatura de Língua Espanhola é mais relevante que a nossa: ela realmente é. Mesmo nomes grandes da nossa Literatura, como Camões e Fernando Pessoa, são (infelizmente) realmente conhecidos apenas nos países falantes do Português. Já Cervantes, García Marquez e Borges são lidos no mundo todo.
Não vou propor aqui teorias para explicar esse fato, e nem sei se é relevante discuti-lo, ao menos não hoje. Prefiro compartilhar um pouco dessa literatura com os (poucos) leitores do blog. Trata-se de um escritor argentino que, ainda que não conste entre os grandes clássicos, escreveu livros instigantes e de um tipo que não costumamos encontrar na Literatura latino-americana: fantasia, ficção-científica e policial. Trata-se de Adolfo Bioy Casares. Ainda me valendo da Wikipedia, a “narrativa de Adolfo Bioy Casares criou um mundo de ambientes fantásticos regidos por uma lógica peculiar e marcados por um realismo de grande verossimilhança”. Foi ainda amigo de Borges e chegou a escrever bastante com ele – seu nome consta, aliás, em alguns de seus contos (de Borges), como personagem.
Um de seus livros mais famosos, talvez o mais interessante, seja La invención de Morel, que conta a história de um homem que foge para uma ilha dita deserta, na qual ele mais tarde encontra aparições que sugerem fantasmas e acontecimentos que testam sua sanidade. Trata-se, segundo Borges, de um livro “perfeito”, no sentido que cumpre exatamente o que se propôe a fazer: causar o assombro do leitor.
Vários dos seus livros já foram publicados no Brasil, e são uma ótima pedida para quem se interessa pelo gênero, quando é bem executado, e especialmente por contos. Além disso, quem sente um certo vazio depois de ter lido tudo que há de Borges pode encontrar ainda um pouco do sentimento perdido nos livros de Bioy; no entanto, esse não é o único motivo para se ler seus livros, já que eles tem méritos próprios e são merecedores de atenção por suas próprias qualidades.
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