Cortei meu pulso.
Não pelo mórbido desejo,
mas por curiosidade.
Suavemente escorrendo pela mão,
as doces gotas
-as provei -
tocam o chão.
O fluir é gentil,
o corte não foi fundo,
o sangue flui pulsante.
Docemente um riacho a um ábeta
de algum modo puro como água,
propício a um novo batismo.
Sinto-me aos poucos livre
do vinho de minha própria
condenação.
O sangue flui:
verdade inexorável
saindo de minhas veias.
Não pelo mórbido desejo,
mas por curiosidade.
Suavemente escorrendo pela mão,
as doces gotas
-as provei -
tocam o chão.
O fluir é gentil,
o corte não foi fundo,
o sangue flui pulsante.
Docemente um riacho a um ábeta
de algum modo puro como água,
propício a um novo batismo.
Sinto-me aos poucos livre
do vinho de minha própria
condenação.
O sangue flui:
verdade inexorável
saindo de minhas veias.
2 comentários:
Finalmente outro post! \o/
Notei uma contradição no texto, pq começa dizendo que não corta os pulsos pra morrer, e no final se sente livre do próprio sangue (= aceitar a morte?)
[/bitolado com aquele negócio de criticas do dA XD]
E nós do conselho universal de tradução de linguas exigimos um dicionario da lingua q vc usou no final u-u/
Isso me lembrou a frase inicial do Silent Hill:
"The fear of blood tends to create fear for the flesh"
Livre do sangue que é o símbolo da tua vida, livre da vida que é o símbolo do teu tormento - aquilo que amedronta.
E a carne segue o impulso desse medo, fechando o ciclo com a navalha que mata o medo em sua raiz.
Afinal, acho eu, só morre de curiosidade quem se encontra mortalmente entediado.
É... minha interpretação está viciada por conta do meu nerdismo rs
Mas são belas tuas palavras... Parabéns!
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